Quando aceita o medo, a insegurança e a incerteza...





Algumas das pessoas mais conscientes de si mesmas que conheço por vezes também confessam sentir falta de confiança ou insegurança. Trata-se do efeito Downing em acção. O efeito Downing, também  conhecido como superioridade ilusória, diz que quanto mais inteligente uma pessoa é, pior a avaliação que faz de si mesma na escala da inteligência. Quanto mais baixo o QI de alguém, mais elevada é a sua autoavaliação. A ignorância é, de facto, uma bênção na autoavaliação.
À primeira vista, a insegurança pode parecer uma coisa negativa, mas tem implicações positivas:

-Fá-los sair constantemente da sua zona de conforto, em busca de conhecimento em novos e diversos campo para aplicarem na sua área (se ficar atento em diversas entrevistas o Ricardo Araújo Pereira refere isso sobre ele).

- Têm consciência de que, quanto mais aprendem, mais se apercebem do que não sabem.

- Tentam rodear-se de pessoas que os desafiam. Não querem ser os mais espertos na sala, pelo menos a maior parte do tempo. Procuram relações simbióticas em que todas as partes contribuam com algo útil e único.

- Não têm medo de se afastar do status quo, do ideal caricatural de sucesso que a sociedade prescreve, podendo sentir-se deslocados em situações tradicionais. É necessária coragem para romper com normas culturais profundamente enraizadas.

O medo, a insegurança e a incerteza são o preço que pagamos por uma vida consciente, completamente desperta e intensa.
Em vez de cometermos erros por sentirmos medo e insegurança nas estradas serpenteantes da mudança, honremo-los como sinais de uma vida corajosa.

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